Sou arquiteto urbanista formado pela USP, com especialização em Gestão Cultural pelo Centro de Pesquisa e Formação do SESC. Atuei no educativo da Bienal de Arte e na área de relações comerciais e institucionais de uma galeria de arte, ambas em São Paulo. Com esta trajetória, encontrei meu propósito como galerista-educador, capaz de criar pontes entre dois mundos tão distantes. Filho de imigrantes chineses, sempre me interessei e me envolvi em debates sobre questões raciais. Destas vivências surge a Diáspora Galeria, no encontro fortuito entre arte, mercado e política – uma vontade de transformar o mercado e o universo da arte tendo em vista uma sociedade mais equânime e democrática.
O convite de Alex para colaborar com a Galeria Diáspora foi uma surpresa e um presente. Estar com parceiros em um objetivo que pode abrigar tantas pessoas, pensamentos e modos de fazer Arte que estão além do estabelecido… Isso dá vontade de estar cada vez mais perto e mais ativa. Sou uma Curadora que discute todas as posições, fui colocada na dúvida a vida toda e uso a própria dúvida como potência.
Existem pautas inevitáveis que pela urgência e gravidade exigem nossa atenção, algumas delas dizem respeito a manutenção da própria vida. Os desafios da contemporaneidade impõe-nos a questão: Vale a pena pensar em arte? Continua valendo a pena pensar e ocupar-se desse projeto? Se entendermos a arte como uma das respostas que a humanidade dá os desafios que vida impõe, vale sim, pensar e procurar arte. Mas, a humanidade é diversa e diferentes são as formas de manifestar sua sensibilidade, diferentes são as respostas que ela procura dar aos desafios que enfrenta, então é justo que sejam também diversificadas as abordagens sobre a arte e seus derivados. É neste sentido que a Diáspora Galeria procura atuar, apresentando uma produção que busca escapar a narrativa hegemônica, unidimensional, contemplando identidades, subjetividades, experiências policêntricas e multiétnicas, oferecendo uma panorama artístico plural e democrático. Foto: João Liberato
Participar como curadora na primeira convocatória aberta foi uma oportunidade rica de colaborar, observar e sentir esse projeto. Um trabalho de interação que me enriqueceu e me trouxe muito aprendizado. Sou grata por todos que participaram dessa iniciativa que criamos. Aprendi muito com os artistas que enviaram seus portfólios e colaboraram com sua expressão e força únicas. Em guarani temos o termo tembiapó , que diz de trabalhos que são resultado de uma habilidade, e acredito que todos nós temos essa habilidade inata. Foi olhando para cada ângulo e cada pessoa envolvida que ampliei minha percepção sobre a arte, e especialmente, a arte de luta, que supera e perpassa qualquer barreira. Esse olhar coletivo é importante para dar conta da sabedoria presente na criatividade de todos que se juntam para fazer parte da Diáspora Galeria. E será somente na partilha conjunta entre todos que, ao mesmo tempo, poderemos ensinar e aprender – um avanço com o qual precisamos nos comprometer.
A Criolá Design, andarilha do mundo com raizes em Caraíva (BA) e São Paulo Capital, se sente honrada e lisonjeada por ter desenvolvido a identidade visual da galeria que apresenta um projeto grandioso, alumiando artistas que por muito tempo tiveram seu protagonismo ocultado. A Diáspora representa para a Criolá uma nova rota de fuga rumo a libertação da nossa mais pura expressão – a arte.
Sou graduada em Arquitetura e Urbanismo pela FAU-USP e atuo na área de design digital há alguns anos. Atualmente moro em Berlim e trabalho com projetos no Brasil e Europa. Participar da criação do site da Diáspora desde o início tem sido um grande prazer e um aprendizado incrível para mim. Me sinto honrada em ser parte de uma iniciativa inovadora, autêntica, tão necessária na arte e em constante evolução.
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